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Conheça as mulheres da causa ambiental

Artemísia-Xakriabá
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A mulher tem um papel fundamental na luta pelo meio ambiente. Durante a Quarta Conferência Mundial sobre a Mulher de Pequim (1195) a Organização das Nações Unidas (ONU) estabeleceu três objetivos estratégicos referente à mulher e ao meio ambiente:

→participação ativa das mulheres em todos os níveis de adoção de decisões sobre o meio ambiente.

→A integração de suas preocupações e perspectivas em políticas e programas relacionados com o meio ambiente.

→A implantação de métodos de avaliação da repercussão das políticas de desenvolvimento e ambientais nas mulheres.

Como os impactos ambientais atingem as mulheres 

  • Os desastres provocados pelo clima exacerbam as desigualdades de gênero já arraigada.
  • Com frequência, as mulheres e meninas são as últimas a comer ou serem resgatadas.
  • Mulheres enfrentam maiores riscos de saúde e segurança quando os sistemas de água e saneamento estão comprometidos.
  • Mulheres assumem maiores cargas de trabalho doméstico e de cuidados quando os recursos ficam escassos.
  • As mulheres representam 80% do total de pessoas que são obrigadas a deixar seus lares e refugiar-se em outros lugares como consequência das mudanças climáticas.

Conheça as  Mulheres que marcam o caminho e mudam a rota:

Cristal Muniz, designer brasileira que participou de um desafio que mudou sua vida: parar de produzir lixo. Nesse processo, Cristal começou a alimentar o site Um Ano Sem Lixo para compartilhar suas tentativas. Ela se baseou na experiência de Lauren Singer, ativista americana, e buscou soluções próprias para a redução do lixo, adequado às condições e à realidade brasileira. 

United Nations Photo. Disponível em: https://dam.media.un.org/. Acesso em: 23 de dez. de 2020.

Wangari Maathai, depois de fazer sua graduação e mestrado em biologia, nos Estados Unidos. Voltou ao Quênia com uma nova perspectiva sobre os danos ambientais em seu país e sobre a necessidade de direitos das mulheres quando criou o Movimento Green Belt que ensina mulheres quenianas como plantar novas árvores em áreas desmatadas e a obter fonte de renda delas de forma sustentável. Por seu trabalho, recebeu o Prêmio Nobel da Paz em 2004, sendo a primeira mulher africana a receber o prêmio.

Vanessa Nakate, uma ativista ambiental ugandense, preocupada com as altas temperaturas em seu país, foi inspirada por Greta Thunberg a iniciar seu próprio movimento climático em Uganda, ela iniciou um ataque solitário contra a abstenção de posicionamento acerca da crise climática em janeiro de 2019.  Fundou a Youth for Future Africa e o Rise Up Movement e em dezembro de 2019, foi uma das poucas ativistas jovens a discursar na Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2019 na Espanha.

Greta Thunberg apresentou uma queixa formal ao Comitê dos Direitos da Criança da ONU (Organização das Nações Unidas). A denúncia, feita em conjunto a outros 15 jovens ativistas (de 8 a 17 anos) pedia que os países criassem medidas para proteger as crianças dos efeitos da crise climática. Seu pontapé inicial como ativista da causa climática aconteceu em agosto de 2018. Greta, na época com 15 anos, começou a faltar na escola para protestar, todos os dias, na frente do Parlamento sueco. A ideia era manter a greve até o começo de setembro, quando seriam disputadas as eleições gerais do país. “O que eu vou aprender na escola? Os fatos não importam mais. Se os políticos não estão ouvindo os cientistas, então por que devo aprender?”

Artemisa Xakriabá é hoje uma das mais importantes lideranças brasileiras indígenas jovens. Cansada de esperar as autoridades tomarem atitudes diante do genocídio dos povos originários e da emergência climática, e la usa sua música e as redes sociais para expor ameaças que eles sofrem e se unir a outros jovens na luta pelo futuro do planeta. 

Por Nabile Oriqueis

Apoio: Ekobio Consultoria Ambiental