Nesta série de conversas e saberes decoloniais, você ouve diferentes vozes de pessoas negras da cidade de Garopaba (SC). Nascidos na região ou atraídos pela promessa de maior qualidade de vida, as personalidades negras de Garopaba trazem seus saberes e histórias, suas lutas e denúncias de preconceito racial vividos até a atualidade.
Roda Saberes Decoloniais na Casa de Axé
Preconceito, religião, espaços de fala, colonização, preconceito e axé em Garopaba foram temas da roda de conversa realizada no dia 13 de novembro, no Siriú. Com a palavra,
- Cristiane da Silva Borges, Yalorixa, Mãe da Casa Ylê Axé Obá Loró Lodê;
- Dri Txaraní • Terapeuta Corporal, facilitadora do Laboratório Decolonial Corpo e Ancestralidade
- Maykom Pereira – Empreendedor à frente da Agência Kuaa, auxiliando o empreendedorismo negro
- Maykon Roberto Rodrigues – Bioconstrutor da Aoka Bioconstrução, voluntário e ativista de movimentos Socioambientais, como o Ecolab Soluções Criativas
Mulheres, lutas e preconceito em Garopaba
Preconceito, desigualdade de gênero, racismo ambiental, feminismo negro entre outras pautas foram trazidas durante a Roda de Saberes no Raiz Centro Cultural – Garopaba (SC).
Com a palavra:
- Jéssica Dondoni, Relações Internacionais, Analista de Políticas Globais, Artesã e Empreendedora através do Atelier do Agave
- Cátia da Silva, acadêmica de Gestão Sustentável de Empreendimentos Turísticos e Empreendedora cultural de moda upcycle com a marca Mazinka Afro Vest
- Cássia Renata Guimarães Teixeira Rodrigues, Administradora, Boleira, Cozinheira e Empreendedora
- Maykon Roberto Rodrigues – Bioconstrutor da Aoka Bioconstrução, voluntário e ativista de movimentos Socioambientais, como o Ecolab Soluções Criativas
Um pouco sobre a História do Morro do Fortunato
A Roda de Saberes sobre a comunidade no Quilombo Morro do Fortunato – Garopaba SC – aconteceu no dia 15 de novembro, na sede da Associação do Quilombo. Seu Maurílio Machado, bisneto do seu Fortunato, que dá o nome à comunidade, contou um pouco sobre as histórias desde a formação do Quilombo, há mais de 100 anos.
Hoje, a pessoas da comunidade Morro do Fortunato realizam a atividade da agricultura, produzindo alimentos para a merenda escolar da rede municipal de ensino de Garopaba, através da Horta Hilário Orgânicos, e comercializando seus produtos no Mercado do Produtor de Garopaba, como hortaliças, biscoitos, geleias, além de ser parte do roteiro de Turismo Ecocultural de Garopaba.
A partir da abertura do Quilombo para a comunidade, diversas festas e eventos vem sendo realizadas na comunidade, expandindo as fronteiras e revelando talentos da Garopaba.
Na conversa, seu Maurílio, a Ana Paula Machado, agricultora Horta Hilário Orgânico, Edna Isabel Machado, empreendedora de geleias e biscoitos naturais e artesanais da Doce Delícia na Mesa e Rodrigo Machado, Educador Quilombola, Presidente da Associação Quilombo do Fortunato e Empreendedor conversaram com Maykom Pereira, e Maykon Roberto Rodrigues, sobre as diferenças na história do preconceito racial em Garopaba, o racismo velado, empreendedorismo, protagonismo e valorização da identidade negra.
Assista um trecho da conversa no vídeo abaixo.
Fotolivro Memórias Quilombolas
O livro fotodocumental Memórias Quilombolas, de Roberta Soares Bucheler fala através de imagens sobre a história da comunidade quilombola no Morro do Fortunato, em Garopaba, litoral Sul de Santa Catarina.
“Descendentes do ex-escravo Fortunato, cerca de 150 pessoas preservam ainda o legado da cultura africana. O quilombo existe há mais de 100 anos e foi certificado pela Fundação Palmares, braço do Ministério da Cultura, em 2007. A questão levantada é: como esta comunidade está organizada e como mantém culturalmente as raízes africanas em meio a uma cidade colonizada por europeus? O livro fotodocumental, com 34 fotos, propõe uma discussão sobre essa temática a partir de fotografias e legendas, cuja narrativa está organizada tendo como base três principais temas: (1) o dia a dia da comunidade, com base na agricultura e no lazer; (2) a rotina da comunidade quilombola e sua relação com a cultura africana; (3) a relação dessa comunidade com a cidade de Garopaba, município no qual ela está localizada.”
Baixe o PDF do livro Memórias Quilombolas aqui!
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A Necessidade do letramento racial na Sociedade
A 49ª Subseção da OAB/SC, através da Comissão da Mulher Advogada,realizou, no dia 24 de novembro, o evento Essa fala é de todos: A necessidade do letramento racial na sociedade, propondo reflexões acerca do enfrentamento ao racismo. “O racismo está entre nós e nas pessoas que amamos, é necessário reconhecê-lo para combater a opressão! Todos temos espaço de fala na pauta antirracista. Somente a união de toda sociedade é capaz de transformar ações que ratificam o preconceito e a discriminação.”
Confira abaixo a matéria da Pix TV sobre o evento.
Diálogos sobre o que significa consciência negra, reflexões e provocações para mudanças de posturas individuais na prática
Capoeira e outras conversas de gente adulta na roda de saberes descoloniais encerrando a programação de 2023 em grande estilo.
Com a palavra, Cristiano Ribeiro, Mestre Fumaça Porto Brasil, capoeirista há mais de 35 anos em Garopaba, Rafael Braga, Gestor e Coordenador Pedagógico na Casa Amorada, Pedagogo, Especialista em Educação, Técnico em Língua Portuguesa, Instrutor de Capoeira e praticante de Yoga na Praia do Rosa, Mariana Coelho, Historiadora, Pesquisadora de História e Cultura Afro-brasileira, Presidenta do Conselho de Políticas Culturais de Imbituba, Dri Txaraní, Terapeuta Corporal, facilitadora do Laboratório Decolonial Corpo e Ancestralidade, Maykon Roberto Rodrigues, Bioconstrutor da Aoka Bioconstrução, voluntário e ativista de movimentos Socioambientais, como o Ecolab Soluções Criativas
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Por Redação Saberes da Praia
17 de novembro de 2023 – edição em 29 de novembro, às 15h30min,