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EMA: o encontro de música autoral de Garopaba e região

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Um banquinho, microfone, vários violões e instrumentos, pessoas dispostas a compartilhar e apreciar música autoral reunidas em algum lugar legal – assim é o EMA, o Encontro de Música Autoral de Garopaba. Mas vai bem além disso: é esse é um movimento de valorização da cultura, que conecta relações e tem a intenção de fortalecer artistas e suas expressões. 

Registro do encontro que rolou em 21/11/22 na Galeria Verde, Praia do Rosa

Para conhecer mais desse projeto, conversamos com o músico, compositor, criador e organizador do EMA, Tiago Bra.  “A gente precisa se encontrar em torno daquilo que nos interessa profundamente e daquilo que ativa em nós nossas virtudes. O EMA é uma vontade agregadora que quer gerar empatia em nossas relações, troca de saberes e engajamento social para fortalecer a música, inclusive enquanto profissão”, ressalta ele. 

Tiago Bra, músico e criador do EMA

Veja o papo que tivemos:

Como o EMA foi criado? 

O EMA foi criado a partir da necessidade básica de que todo o artista quer e precisa compartilhar sua obra criativa e todo bairro, cidade, estado, precisa dessas obras para se reconhecer enquanto cultura. No caso do compositor é preciso de um “lugar”, mas principalmente de ouvidos atentos que servem como um espaço que a música usa para se mover. Outra coisa é que a gente precisa se encontrar em torno daquilo que nos interessa profundamente e daquilo que ativa em nós nossas virtudes. O EMA é uma vontade agregadora que quer gerar empatia em nossas relações, troca de saberes e engajamento social para fortalecer a música enquanto profissão também, principalmente encorajando a autoria pois assim como o rio desde a nascente deságua no mar a obra do compositor … Enfim, o EMA é um sonho muito antigo, muito mais antigo do que eu, mas que está recém nascendo, tem 4 meses e é um bebê, e como todo o bebê, promete…

Registro de edição do EMA na Casa de Cultura de Garopaba

O encontro é itinerante? Por onde já passou? 

Sim, o encontro acontece de modo itinerante. Começou no espaço Kumaras que abriu as portas para nós sendo o primeiro e mais importante anfitrião que viu a criança nascer. Também já fizemos edições na Casa de Cultura de Garopaba, no Let it Beer, no Ser Humano Surf e em espaços não-públicos com edições mais ‘intimistas’ que são organizadas a partir do nosso setorial de música de Garopaba, fundamental grupo de comunicação entre os músicos da cidade (se você é profissional da música e tem interesse em participar do setorial ou de ter maiores informações de como funciona, favor mandar uma mensagem diretamente para o perfil do setorial e você será muito bem recebido).

Já foram 10 edições de EMA, certo? Como você percebe esses momentos? 

Já passamos por 12 edições neste momento e mais de 50 compositores já apareceram para mostrar sua música. Enquanto respondo essa pergunta me deparo com a ideia de juntar depoimentos dos participantes, pois foram TANTAS emoções que brotaram desses encontros…. particularmente me compraz ver as pessoas ouvindo atentamente a música, considero um ato revolucionário, ainda mais nos dias de hoje em que recebemos tantos estímulos sonoros e visuais que a concentração e a escuta atenta tem se tornado um desafio.

Como as pessoas podem apoiar o EMA? 

Estamos à procura de patrocinadores que tenham interesse no fomento à cultura para financiar as atividades de produção, captação de imagem, vídeo e áudio, pois queremos ser capazes de produzir um material audiovisual de cada artista que se apresentar, construindo uma galeria audiovisual sobre cada edição. Também acho importante dizer que nos sigam no Instagram @emagaropaba que é a nossa casa virtual. É lá que temos informado nossas novidades para o mundo, além de que lá no insta do EMA vocês podem conferir os registros da nossa super fotógrafa Mariel Fabris e os vídeos que fazemos com a parceria da Betina Tirra.

Se você tem interesse em receber uma edição do EMA, entre em contato através da caixa de mensagens do perfil @emagaropaba. E se gostou desse conteúdo, compartilhe e apoie a música autoral e o jornalismo independente. 

Por Isadora Lescano – cantora, compositora, jornalista, colaboradora EcoLab / Saberes da Praia

Fotos: Mariel Fabris / Divulgação EMA