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Vegetarianismo, Yoga e Sustentabilidade

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Por Cheff Marcos Natureba – Natuveggie Alimentos Vitalizantes

Vivemos em uma época conturbada em que os valores morais e a ética na humanidade se confundem com status quo e valores materiais.

É necessário que, em momentos de obscuridade, tenhamos que nos remeter a ensinamentos legados por mestres iluminados, ao longo da evolução da humanidade. O ensinamento que une todas as filosofias, do Budismo ao Vedanta, da Teosofia ao Taoísmo, do Xamanismo ao Sufismo, do Cristianismo às escolas de filosofia Socráticas, todos são uníssonos em concordar que a evolução da ética do ser humano está ligada à forma em que ele se relaciona com o ambiente que o cerca e com os seres vivos que o acompanham em sua caminhada.

Com o advento da industrialização dos processos, da mecanização e das facilidades da vida moderna, o homem se distanciou, perigosamente, do seu estado natural, compreendido, aqui, pela preferência em alimentar-se de vegetais e estar em harmonia com os ciclos da natureza. Com o avanço da tecnologia, desenvolvemos sistemas artificiais que reproduzem ambientes e condições não-naturais. A busca desenfreada por conforto e progresso econômico, nesta jornada desequilibrada, nos afasta da essência humana que é viver em harmonia com as leis naturais.

O modus vivendi cultivado pelos meios de produção industrial afasta as pessoas de algumas realidades e verdades internalizadas nos hábitos. No âmbito da alimentação, por exemplo, para um indivíduo onívoro – que usa alimentos de origem animal em sua dieta – é importante ressaltar que o hábito de comer carnes e derivados submetem os animais ao sofrimento, seja no processo do abate, seja no meio de produção em massa, seja em cativeiro, ou confinado num ambiente que enaltece a produtividade e desconsidera o desconforto, a humilhação e a dor destes animais.

Além disso, recebem alimentação (ração) carregada com hormônio de crescimento e antibióticos sintéticos para que o objetivo da indústria, que é sempre ligada a uma cifra ou ao número quantitativo, seja alcançado. A indústria da carne é um meio de produção cruel, insustentável para o planeta e insalubre para todos – destrói florestas nativas, polui rios, consome água potável, e submete animais a tratos com sofrimento, sem dignidade e compaixão nenhuma.

AHIMSA – Não violência

Na filosofia do Yoga estudamos que o AHIMSA é o primeiro Yama (códigos de conduta do Yogue), traduzido como não-violência, ou, não geração de sofrimento. Neste contexto, analisamos a colocação dos Vedas (escrituras milenares), que a atitude mais correta para uma evolução da ética e da espiritualidade é não gerar sofrimento em relação a si próprio, aos outros e ao mundo. É abster-se de ferir qualquer ser, a qualquer momento e em qualquer condição. O ato de não comer carnes e de ser vegetariano é, portanto, uma liberdade e uma busca por uma vida com mais harmonia, com menos sofrimento e com mais compaixão.

A não-violência se afina com a visão de um mundo mais floreado de amor e menos sofrimento. Desde Patanjali a Buda, de Cristo a Sócrates, o vegetarianismo é enaltecido como um modo de vida possível e feliz, sem gerar sofrimentos a animais, aplicando com naturalidade a “lei da cadeia alimentar”, na qual todo ser vivo é dependente dos vegetais.

A alimentação vegetariana, portanto, nos oferece uma gama enorme de nutrientes adequados a uma vida saudável, numa composição colorida e saborosa, isenta dos poluentes que as carnes possuem, gerando menos sofrimento aos animais, menos poluição ao planeta e celebrando à vida.

Desfrute de uma refeição cheia de vida com vegetais em seu prato e descubra a delícia de ser saudável.

Marcos Iser Natureba

Texto publicado na Introdução do E-book Receitas vegetarianas para o dia a dia do Yogue, disponível para download aqui.

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