A ação luta por igualdade de gênero e justiça ambiental
O projeto que iniciou seu planejamento em agosto de 2021 e segue com ações até junho de 2022, é uma iniciativa do Mulheres Unidas pelo Clima (MUC Brasil) e é dos escolhidos através de uma chamada de projetos do Fundo Casa Socioambiental, específico para lideranças femininas no combate às mudanças climáticas. O apoio também foi possível através da aliança global para gênero e meio ambiente, o GAGGA (Global Aliance for Gender and Green Action). Ainda, o projeto tem parceria com o Conselho Comunitário de Ibiraquera (CCI).
O Brasil foi um dos países que entrou nessa rodada de apoios através desta aliança global, para o período entre 2021 a 2025. “Nós do MUC Brasil fomos convidadas a apresentar um projeto específico para essa chamada, devido à especificidade do nosso projeto e por ele se encaixar em todos os requisitos desse apoio”, destaca uma das fundadoras do Mulheres Unidas pelo Clima, Gisele Elis Martins.
Mulheres da Lagoa de Ibiraquera
O Projeto Mulheres da Lagoa – de Ibiraquera – busca desenvolver ações de educação ambiental que conectam metodologias com objetivo de sensibilizar, empoderar e unir as diferentes mulheres que vivem no entorno da Lagoa de Ibiraquera, uma das principais lagoas do complexo lagunar do sul do Brasil. E é executado em parceria com o Conselho Comunitário de Ibiraquera (CCI), onde tem apoio em ações práticas, administrativas e no envolvimento da comunidade.
“Com ações interconectadas que unem a prática e a teoria interligada aos impactos das mudanças climáticas, pretendemos atender às demandas, através de busca ativa, dos diferentes grupos de mulheres, entre elas pescadoras, ribeirinhas, caiçaras, ativistas, quilombolas e a rede de turismo de base comunitária”, salienta a Gestora Ambiental e também fundadora do MUC Brasil, Cristiane Bossoni.
As ações misturam a metodologia da pedagogia da cooperação, com oficinas de educação, facilitação, capacitação e geração de renda, buscando, desta forma, levar conhecimento e proporcionar empoderamento das mulheres do território.
O projeto espera facilitar ações que promovam mudanças, tanto na consciência ambiental destas mulheres como no seu modo de agir, além de proporcionar empoderamento socioeconômico e cultural. “Esperamos formar uma rede de mulheres engajadas e conscientes de seu papel na luta por justiça climática, de gênero e ambiental. Queremos proporcionar acesso a conhecimento que oportunize essas mulheres a ter voz em suas comunidades, que sejam agentes de transformação e valorização da proteção de seu território”, completou a jornalista Gisele Elis.
Conheça a programação:
das oito ações presenciais, divididas em três áreas de atuação, algumas delas já foram realizadas e podem ser conferidas no site do Projeto.
As próximas são voltadas a todas as mulheres que têm alguma relação com a lagoa de Ibiraquera:
(des)Construindo – 12/01
Oficina de espelhos, quadros, molduras e/ou prateleiras artesanais, construídos através de materiais de descarte da construção civil do entorno da Lagoa de Ibiraquera.
Mulheres e tranças -19/02
Minicurso de trançado básico em palha de butiá para mulheres que têm interesse e buscam uma renda (seja única ou complementar) .
Conhecendo a Farinhada com o Turismo de Base Comunitária (TBC) – 21/04
Levar mulheres do entorno da lagoa para conhecer a Farinhada, com foco no resgate cultural, agricultura familiar, economia solidária, agroecologia e slow food.
Sobre o MUC
O Mulheres Unidas pelo Clima – MUC Brasil, – é um projeto de comunicação que propõe o diálogo e a sensibilização no que se refere às mudanças climáticas e seus impactos para as mulheres e meninas no Brasil. Além disso, busca através da educação ambiental a capacitação, fortalecimento e união de mulheres como agentes transformadoras desta crise climática.
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