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Intercâmbio de Turismo de Base Comunitária e Cultural (TBC) em Garopaba

Turismo de Base Comunitaria_Tobterra
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Um lindo passeio ecológico para conhecer mais sobre a cultura e o ecossistema de Garopaba e ainda contribuir na preservação da identidade cultural local. Os participantes do Turismo de Base Comunitária e Cultural contribuem para valorizar e preservar as identidades de Garopaba, além de gerar renda para as famílias, pois os valores dos roteiros são divididos entre os atrativos culturais.

E foi nesta proposta que representantes da Comunidade Quilombola Viva Monte Serrat, do Morro da Caixa (Florianópolis), vivenciaram o roteiro de Turismo de Base Comunitária e Cultural (TBC) organizado pela parceria entre a Rede de Observação de Baleias por Terra (TOBTerra) e a Associação de Desenvolvimento Territorial Costa Catarina com comunidades do Siriú e do Macacu, em Garopaba, no dia 4 de novembro.

”Esse intercâmbio foi oportunizado pelo processo de TBC Viva Monte Serrat, que tem promovido o TBC e realizado visitas as várias iniciativas existentes em Santa Catarina, visando empoderar as comunidades tradicionais e evidenciar suas identidades culturais. Além desta troca de experiências, os intercâmbios apoiam e fortalecem os processos de Turismo de Base Comunitária”, aponta Rafael Freitag, consultor em TBC e organizador do grupo de visitantes.

O Roteiro Macacu e Siriú de Garopaba

O roteiro inicia com uma caminhada e trilha guiada por condutoras ambientais, seguida de visitações culturais a comunidades tradicionais do território. A primeira parada é uma família tradicional de artesãos que moram no entorno das dunas do Siriú. Seu Joaquim Silva Ferminio (à dir.) mostra como produz esteiras, chapéus de palha, cortinas e outros produtos a base de taboa e junco, matérias primas cada vez mais difíceis de serem encontradas nos ecossistemas da região.

A segunda parada é na comunidade Quilombola do Morro do Fortunato, incluindo a horta orgânica do Seu Hilário, com a vislumbrante vista da lagoa do Macacu, das dunas e praia do Siriú. Na horta, as agricultoras Paulinha e Ana contam que, além de estarem sobrevivendo na própria comunidade através da produção e comercialização dos produtos cultivados de forma orgânica, recebem também grupos de turistas, moradores de cidades vizinhas e crianças das escolas da região.

“Quando as crianças puxam uma cenoura da terra em geral ficam deslumbradas, porque muitas nunca viram uma hortaliça fora da prateleira do supermercado”,

conta a Paulinha, como é carinhosamente chamada.

Após a horta, a visita oportunizou uma roda de conversa histórica entre representantes dos Quilombos do Morro do Fortunato e do Monte Serrat.

Na sequência o grupo para no Engenho e Alambique do saudoso Vô Zeca, no Macacu, onde seus familiares recebem os visitantes mostrando como funciona a casa de Engenho e o Alambique, ao mesmo tempo contando a história da tradição familiar que, a cinco gerações, produz farinha de mandioca, melado, cachaça e licores artesanais únicos. O roteiro termina com um delicioso café colonial típico oferecido no Engenho do Vô João e Vó Maria oferecido pelas irmãs e filhas do Biluca, filho do Vô zeca.

Um passeio inesquecível mostrando que o território tem muito mais atrativos que apenas sol e mar.

Reservas e mais informações
As inscrições podem ser feitas pelo Whatsapp (48) 98832 6970 ou por mensagem no perfil do Instagram do Garopaba Sustentável.

Por Sergio Pinheiro
Associação de Desenvolvimento Territorial Costa Catarina