Aprovado no Edital do Procult, iniciativa propõe o diálogo na comunidade sobre a manutenção de tradições locais e sua contribuição para o turismo sustentável
Duas iniciativas e um desejo: buscar soluções colaborativas através do diálogo para os desafios de convivência do turismo sustentável com as tradições regionais no ecossistema na região da Ibiraquera.
O movimento Why Not? e a Saberes da Praia se unem através do projeto Tradições Regionais: debate e informação. A proposta é reunir os saberes populares em um evento previsto para o mês de abril, que terá como produto final a edição especial do Jornal Praia do Rosa e uma vídeo-reportagem.
Sobre o Why Not?
O Why Not? é um movimento em prol da manifestação da arte. Seu principal intuito é estimular o debate coletivo sobre assuntos que permeiam e impactam a sociedade.
“Acreditamos que cada ser humano possui conhecimento e potencialidades criativas a serem compartilhadas dentro do seu núcleo de convívio, as quais explicam, agregam e fomentam a cultura regional”, explica uma das idealizadoras da iniciativa, Thainá Bernardoni da Silva.
Saiba mais sobre o Why Not
Jornal PDR, à serviço da comunidade
Instalado na região há cerca de três anos, o Why Not? se alia a uma das iniciativas mais queridas pela comunidade de Ibiraquera, o Jornal Praia do Rosa, a fim de somar ao debate e à construção artística, a comunicação.
O Jornal Praia do Rosa, veículo impresso e digital quinzenal, circulou entre 2018 e 2020 pela cidade de Imbituba com a missão de “Promover o bem” na localidade. Contando com editorias como Comunidade (geral), Conhecimento (educação), Aventura (turismo), Corrente do Bem (solidariedade), Meio Ambiente e Cultura, buscou dar visibilidade às demandas da região de circulação, promovendo boas práticas públicas e privadas, alinhadas aos pilares do desenvolvimento sustentável: social, ambiental e econômico, valorizando a cultura da região e promovendo a conscientização do turismo em relação à preservação da natureza.
Co-realização: Saberes da Praia
A Saberes é um canal de comunicação independente pautado pela sustentabilidade. Ou seja, ela nasceu para conectar pessoas, ideias, projetos e marcas rumo ao futuro e um presente sustentáveis. Como? Comunicando iniciativas como o projeto Tradições Regionais.
Tradições Regionais: debate e informação em Ibiraquera
O projeto vencedor do edital do Programa Municipal de Incentivo à Cultura (PROCULT) de Imbituba, apoiado financeiramente pela Fertisanta – Semeando Desenvolvimento, tem como objetivo utilizar o diálogo e a conversação entre atores da sociedade civil, como líderes comunitários e de entidades representativas, especialistas de áreas técnicas, membros das comunidades tradicionais, como pescadores, agricultores, artistas, artesãos, estudantes e professores, como ferramentas de trabalho através de um painel de apresentação de ideias, conduzido por personalidades da comunidade de Ibiraquera que têm relação com as tradições locais dentro da pesca artesanal, da farinhada, entre outras, revelando como estas práticas se relacionam com preservação do ecossistema na região da Ibiraquera e buscando solução para os desafios apresentados de maneira colaborativa com a sociedade.
O painel será registrado para a produção de uma vídeo-reportagem e para a produção de uma edição especial do Jornal Praia do Rosa, trazendo as principais histórias contadas por essas personalidades, para servir como registro histórico do momento de construção coletiva e como ferramenta de valorização das diferentes vozes da cultura de Ibiraquera e região. A edição especial do Jornal será distribuída aos moradores da região, de forma gratuita, como nos velhos tempos.
“?Queremos propor um momento de debate e reflexão junto com a comunidade, sobre as principais tradições da região e o quanto isso impacta nos negócios locais e no meio ambiente”, explica Glaucia Rosa Damazio, co-realizadora do projeto e ex-editora do Jornal PDR. “A ideia é que este momento fique registrado não somente na memória de quem participar, mas também para as futuras gerações que vierem a se interessar pela história local e de maneiras colaborativas e participativas de criação de soluções.”