Esta semana, países baleeiros conseguiram bloquear o que prometia ser uma votação bem-sucedida para criação de um Santuário de Baleias no Atlântico Sul. Essa era uma das principais pautas de 68ª reunião da Comissão Internacional da Baleia (CIB), que aconteceu na Eslovênia e se encerrou nesta quinta-feira (20/10). A votação foi anulada por falta de quórum, depois que 17 países baleeiros fizeram uma saída em massa da sessão da plenária, num movimento sabotador.
Segundo o portal O ECO, a estratégia foi liderada por países caribenhos e africanos e reforçada por países da Oceania, da Ásia, Islândia, entre outros. Antígua e Barbuda, pequena ilha da América Central, chegou a encaminhar uma resolução para reabrir o debate sobre a atividade baleeira comercial, proibida desde 1986.
O Brasil é o principal proponente da criação do Santuário de Baleias no Atlântico Sul, primeiramente apresentada em 2001. O objetivo é estabelecer uma zona livre de caça de cetáceos, envolvendo toda a porção do Atlântico entre o litoral brasileiro, uruguaio, argentino e o continente africano.
A Comissão Internacional da Baleia – International Whaling Commission (IWC) – foi criada em 1946 como um comitê mundial pela conservação das baleias e manejo das atividades baleeiras. O Brasil faz parte do comitê global desde 1974. O Japão, país que mais defende interesses relacionados à caça de baleias, saiu da comissão em 2019.
Fonte: Portal O ECO
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