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Bloqueios na BR101: protestos pós-eleições dificultam passagem pela rodovia em Santa Catarina

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Desde segunda-feira (31/10), como em diversas partes do Brasil, estão acontecendo bloqueios nas estradas de Santa Catarina, após o resultado das eleições presidenciais de 2022. “O trajeto Porto Alegre (RS) – Garopaba (SC), que costuma levar 5 horas, 12 horas devido a essas manifestações. Haviam crianças nos carros, mulheres grávidas, idosos precisando trocar as fraldas geriátricas, gente precisando de hospital”, comentou Samantha Enriquez. Na segunda-feira à tarde, os relatos através das redes sociais era de os bloqueios no trevo de Palhoça, dificultavam o acesso à BR e a Florianópolis.

Imbituba – Garopaba com trânsito caótico

Nesta terça (01/11) a redação da Saberes recebeu relatos sobre o trecho Imbituba-Garopaba pela BR101. “Tive que vir pelo Arroio, pois tinha caminhões bloqueando tudo na BR e pneus sendo queimados. A estrada da Barra de Ibiraquera e Ribanceira também está lenta”, conta um motorista que transitava na região terça-feira pela manhã e preferiu não se identificar.

Protestos bloqueiam mais de 300 estradas pelo país

De acordo com o site Brasil de Fato, os protestos dificultando as passagens em rodovias nacionais iniciaram ainda na noite de domingo, horas depois do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) confirmar a eleição de Luis Inácio Lula da Silva. Segundo dados da Polícia Rodoviária Federal (PRF), na segunda-feira foram registrados mais de 300 bloqueios em estradas de 23 estados do país.

A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística (CNTTL) condenou os protestos feito por caminhoneiros bloqueando estradas e acusou empresários do setor agropecuário de estarem por trás das manifestações contra o resultado das urnas do último domingo, segundo informações do Brasil de Fato.

“Importante deixar claro que esse movimento não é organizado pelos trabalhadores. Os caminhoneiros autônomos e celetistas são vítimas desses bloqueios, uma vez, que esses grupos contrataram fretes de caminhões caçambas com pedras e terras para dificultar a passagem nas rodovias”, afirmou a CNTTL por meio de nota.

Segundo o Diário Catarinense, movimento é atribuído à militância bolsonarista, e não à categoria que parou o Brasil por duas semanas em 2018, em protesto contra a alta dos combustíveis.

“A pauta que está sendo discutida agora não é uma pauta dos trabalhadores do transporte, não é uma pauta econômica”,

declarou o caminhoneiro autônomo e diretor da CNTTL, Carlos Alberto Litti Dahmer.

Na segunda-feira 31, o ministro do Superior Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinou que a PRF e a Polícia Militar (PM) tomem ações imediatas para desobstrução de vias ocupadas ilegalmente. O ministro também estipulou para o diretor da PRF, Silvinei Vasques, em caso de descumprimento da ordem, multa de R$ 100 mil por hora e eventual afastamento do cargo. Entretanto, bloqueios seguem acontecendo.

Por equipe Saberes da Praia

Foto: Samantha Enriquez