Por Jane Vilella, Ativista, Ecoeducadora e Gestora Ambiental
Hoje em dia está muito claro que tudo deve ser contextualizado para se ter compreensão completa de qualquer assunto. E com os descartáveis não poderia ser diferente. Para se ter uma visão do todo, vamos esclarecer alguns pontos-chave desse material que atualmente é muito presente na nossa vida.
Primeiro, é preciso dizer que descartáveis não são feitos só de plásticos. A variedade de composição é grande, visto que usamos em muitas atividades cotidianas inúmeros objetos de uso único. É uma multiplicidade que passa pela higiene pessoal, alimentar e culmina nos eletroeletrônico, é claro, cigarros eletrônicos.
O início de muitos desses objetos está ligado diretamente com a saúde, já que várias doenças se propagam por meio dos fluidos do corpo, como a saliva ou o sangue, que são grandes veículos de transmissão. No entanto, a busca por comodidade na vida social e hospitalar investiu muito nesse mercado, e as fraldas descartáveis e os canudos plásticos são os melhores demonstrativos disso. Chega ser redundante dizer que não é possível ter uma UTI sem os descartáveis.
A pandemia que o mundo viveu até a pouco, trouxe consigo um jeito novo de viver, com um aumento exponencial do uso de descartáveis, e isso fomos obrigados a experienciar coletivamente. Foi a coroação da descoberta humana de simplesmente usar algo e não pensar em como lavar, guardar, estocar, destinar, ou qualquer outro ato de pós consumo/uso. Naquele momento, isso era o melhor a se fazer em nome da saúde mundial.
Hoje, usar máscaras descartáveis, a todo momento, não faz mais sentido, mas ainda usamos os copos, pratos e tantos outros objetos que são úteis por alguns segundos apenas… Será que realmente precisamos disso? Tudo o que usamos um dia já esteve na natureza, seja pano, papel, madeira ou petróleo, mas depois vai para o lixo, qual a lógica disso?
Por Jane Vilella, Ativista, Ecoeducadora e Gestora Ambiental
Redação Colaborativa EcoLab